segunda-feira, 31 de março de 2008

Dia do Teatro tem atos contra Lei Rouanet



Em SP, diante do Teatro Municipal, cerca de 300 pessoas de mais de 30 grupos pedem lei federal de fomento à arte

Rio, Curitiba, Porto Alegre, Campinas, Belo Horizonte e Salvador também tiveram ontem atos pedindo fundo público para incentivar teatro

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Folha de S.Paulo / Ilustrada - 28 de março de 2008


A Lei Rouanet foi a grande vilã de atos públicos realizados por artistas, grupos e estudantes de teatro ontem, Dia Internacional do Teatro, em cidades como São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Rio e Curitiba.
Em São Paulo, cerca de 300 pessoas de mais de 30 companhias, como a do Latão e a Vertigem, tomaram as escadarias do Teatro Municipal (e lhe deram um abraço simbólico) para gritar palavras de ordem contra a lei de incentivo à cultura e ouvir a leitura de uma carta propondo a criação de uma lei federal de fomento ao teatro.
"A lei que propomos é baseada em um fundo público. Não depende de renúncia fiscal, muito menos dos departamentos de marketing das grandes empresas, que hoje escolhem quem ganha patrocínio", disse Ney Piacentini, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro.
Em Curitiba, que até domingo sedia o seu 17º Festival de Teatro, o ato reuniu cerca de 150 artistas de vários Estados. Todos os atos foram organizados pelo Redemoinho, movimento que agrega grupos de teatro de todo o país.
A proposta era tornar pública a Carta de Porto Alegre, documento escrito em dezembro passado cujo principal ponto é a criação de uma lei com princípios diferentes da Rouanet.
"A mobilização é para dizer à sociedade que um movimento de teatro tem uma proposta para o Executivo e o Legislativo", disse Piacentini, que é um dos articuladores do movimento.

Representante do governo, Celso Frateschi, presidente da Funarte, reconhece que a Lei Rouanet não é eficiente, mas diz que também não é inútil. "Sem ela, o movimento de teatro teria parado. Agora é hora de uma reflexão profunda sobre sistemas de financiamento. Temos que pensar numa política geral, e não em ações que resolvam os problemas dos grupos mais mobilizados. Precisamos de uma reforma radical."

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, qual o email de vocês para contato? o email atualmente cadastrado na lista da Roda do Fomento está desatualizado. Mandem para o email rodadofomento@gmail.com, assim vocês poderão acompanhar tudo sobre a Lei de Fomento. Saudações.