quarta-feira, 16 de abril de 2008

Encontro Independente do que possa acontecer

Vídeo-divulgação: http://www.youtube.com/watch?v=_WsuJglXU3E


"você na cidade, os não-lugares em você e os lugares por aí."



Hoje, 50% do mundo é uma cidade. Em 40 anos, 75% da população mundial estará em cidades. O mundo evolui em cidades, ocupadas por gente, que ocupa não-lugares.



Não-lugares são as vias de acesso, os espaços públicos de rápida circulação e conglomerados neutros, como supermercados, aeroportos, shopping-centers e hotéis. Que se opõem aos lugares, definidos como identitários, relacionais e históricos, ou seja, a sua casa, seu bar preferido ou a praça da rua de trás.



Esse conceito ultrapassa os limites físicos do espaço e descreve uma crescente percepção do mundo atual. Quando em um não-lugar sua relação é feita através de códigos pré-determinados, a memória se perde e a história é um relato contínuo do presente. Neles, sua identidade é um cartão de crédito, um RG ou um bilhete de embarque. Quem o ocupa está prometido à uma individualidade solitária.



Sozinho, porém com a sensação de familiaridade de quem não tem que se expor a uma relação, você se sente confortável. Não há mais surpresas. Porque nessa repetição arquitetônica e social, conhecida e previsível, não é necessário incorporar a vontade do outro.



Será que é só isso que podemos esperar de uma cidade?

Será que entre lugares e não-lugares já esquecemos de olhar como viver?

Talvez seja hora de pensar sobre isso.



Encontro Independente do que Possa Acontecer
"Dos Lugares aos Não-lugares"



Quando? No dia 1 de junho

Onde? No teatro Denoy de Oliveira

Realização: Forte Casa Teatro


Trata-se de um espaço (relacional, físico, histórico e temporal) para integração de projetos artísticos de diversas áreas em um mesmo tema. Exposição de fotos e artes plásticas, simultâneas a apresentações musicais e performances teatrais. Também, serão realizados ateliês e pequenos workshops ao longo do dia. No fim da tarde, uma sessão de curtas, seguida de um show encerram a programação.



O blog:

www.naolugaresemvoce.blogspot.com

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Primeira saída de Rua de 2008





Um dos principais focos de pesquisa do Forte Casa Teatro é a discussão sobre cultura popular: o que é cultura popular, até que ponto ela faz parte de nossas vidas, de nosso cotidiano, e o que seria fazer um teatro popular hoje.
Indo além nessa questão, começamos a nos questionar sobre nossa própria cultura. Será que, nós, paulistanos, do século XXI, temos uma cultura popular? Faz parte também de nós o Bumba-meu-boi, o Jongo, a Capoeira? O candomblé, as procissões, Iemanjá, o Preto Velho? Será que nós, de vida urbana, moderna, trazemos ainda algo destas tradições dentro de nossa própria história pessoal?
Neste ano encaminhamos nosso treinamento para tentar responder a essas questões. Estamos voltando às ruas.