Vídeo-divulgação: http://www.youtube.com/watch?v=_WsuJglXU3E
"você na cidade, os não-lugares em você e os lugares por aí."
Hoje, 50% do mundo é uma cidade. Em 40 anos, 75% da população mundial estará em cidades. O mundo evolui em cidades, ocupadas por gente, que ocupa não-lugares.
Não-lugares são as vias de acesso, os espaços públicos de rápida circulação e conglomerados neutros, como supermercados, aeroportos, shopping-centers e hotéis. Que se opõem aos lugares, definidos como identitários, relacionais e históricos, ou seja, a sua casa, seu bar preferido ou a praça da rua de trás.
Esse conceito ultrapassa os limites físicos do espaço e descreve uma crescente percepção do mundo atual. Quando em um não-lugar sua relação é feita através de códigos pré-determinados, a memória se perde e a história é um relato contínuo do presente. Neles, sua identidade é um cartão de crédito, um RG ou um bilhete de embarque. Quem o ocupa está prometido à uma individualidade solitária.
Sozinho, porém com a sensação de familiaridade de quem não tem que se expor a uma relação, você se sente confortável. Não há mais surpresas. Porque nessa repetição arquitetônica e social, conhecida e previsível, não é necessário incorporar a vontade do outro.
Será que é só isso que podemos esperar de uma cidade?
Será que entre lugares e não-lugares já esquecemos de olhar como viver?
Talvez seja hora de pensar sobre isso.
Encontro Independente do que Possa Acontecer
"Dos Lugares aos Não-lugares"
Quando? No dia 1 de junho
Onde? No teatro Denoy de Oliveira
Realização: Forte Casa Teatro
Trata-se de um espaço (relacional, físico, histórico e temporal) para integração de projetos artísticos de diversas áreas em um mesmo tema. Exposição de fotos e artes plásticas, simultâneas a apresentações musicais e performances teatrais. Também, serão realizados ateliês e pequenos workshops ao longo do dia. No fim da tarde, uma sessão de curtas, seguida de um show encerram a programação.
O blog:
www.naolugaresemvoce.blogspot.com
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